“Sr. Dinheiro”
por JORGE ZAHELL
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As quatro histórias a seguir demonstram diferentes situações da influência e do poder atribuídos ao dinheiro na vida das pessoas. Os comentários do item nr. 5 (Conclusão) nos dão a Perspectiva Elevada sobre o seu propósito como ferramenta evolutiva do nosso Ser.
Você jamais viu o dinheiro de forma tão charmosa e simultaneamente tão sem poder como será retratado aqui. Eu garanto!
NOTA: Sugere-se que as histórias sejam lidas na sequência, pois elas se complementam. Clique no Link de cada uma abaixo para pular direto a ela. Ao final, clique em INÍCIO para voltar aqui.
- Sr. Dinheiro !
- Eulália e o dinheiro….
- John e o dinheiro….
- Dorian e o dinheiro….
- CONCLUSÃO: O que é o dinheiro a partir de uma Perspectiva Elevada?
1. Sr. Dinheiro !
E agora com você, o poderoso cavalheiro Don DINERO.
“Muahahaha.
Olááá.
Hummmmm….
Poderoso, eu?
Nem tanto, nem tanto, que é isso! Muahahaha.
Mmmmm…. Tá bom, tá bom. Ok….
Convenhamos, todos nós sabemos que eu realmente tenho meus encantos, não é não?
Eu reconheço que tenho um poder de sedução incomparável sobre a maioria das pessoas.
Isso é fato! Desculpa, mas é notório.Muahahaha.
Mas só porque os coitados não sabem Quem São.
Ahhh…. e eu uso, sim, todo o poder que me atribuem para tornar vassalos aqueles que me idolatram. Quanto mais importância me dão, mais os seduzo. Mal sabem que o poder não está em mim, mas neles mesmos, os quais me atraem ou repelem conforme suas crenças e escolhas do dia a dia.
Otários!São os chefes, mas não se tocam!
E quando me idolatram, ahhhh…. eu deito e rolo.
Eu escravizo e domino todos aqueles que me colocam acima dos seus entes queridos, acima do amor, acima de si mesmos.
E vamos ser sinceros, cá entre nós, até mesmo os que me desprezam me amam.
Agora….
Deixe-me falar um pouco mais das minhas preferências, afinal de contas, eu me venero, então por que não falar mais de mim mesmo?Vamos lá….
Adoro me disfarçar como solução para todos os problemas, principalmente por detrás das grandes fortunas, das loterias, da fama, do poder. E ver todos me desejando, correndo atrás de mim ou me guardando.Eu sou lindo! Não sou?
Adoro quando os incautos me criam e recriam pelas eternidades, ao sabor das suas certezas incertas.
Ahhhh, por mais que eu seja só uma ilusão, ainda assim eu engano tantos tolos.
O quê? Vai me dizer que você não sabia que sou só uma miragem?
Não se impressione com o que já ouviu falar de mim. Na verdade eu não sou nada daquilo que dizem, mas admito que adoro fazer de conta que sou.
E é por isso que eu acho que chegou a hora de revelar meu maior segredo para você, aquele mais íntimo. Até porque, mesmo lhe contando, eu sei que ainda vou deitar e rolar nesse mundinho. Haha. Ou será que não?
Muahahaha.
Chegue mais perto.… Nooossa, eu não mordo, só seduzo.
Vem cá, eu quero contar meu maior segredo, mas só para você!Ei.… Psiu!
Eu, na verdade, NEM EXISTO!
Shhhhh!Na antiguidade vocês nunca precisaram de mim de fato, tanto é que eu nem existia – e vocês sobreviviam. Mas me criaram para facilitar suas vidas na troca de bens, e enfim acabaram se tornando reféns desta IDEIA de dependência – patrocinado por sua própria ambição de poder.
Dizem que sou o próprio diabo, hihihi. Mas posso lhe afirmar que, a partir do poder que me atribuíram, acabaram me transformando também no seu próprio Deus.
Haha ha ha.
Bem…. Rrram Rrram. Coff. Coff.
Falando em Deus, neste quesito até os ingênuos e tolos infelizmente estão certos. Eu…. mmmm…. realmente faço parte do reino de Deus. Pois é, pois é.… algo meio embaraçoso para mim, fazer o que?
Eu sou uma parte Dele, assim como tudo e todos. Mas eu tenho uma missão, tá? E ela é muito especial, viu? Ah, eu tenho sim. Minha tarefa é provocar você até o limite – e além dele também.
E olha…. Haha. Modéstia à parte, eu faço isso muito bem, você não acha?
Ahhhh. Eu sou O Cara, não tem como negar.
Sim, eu o provoco, e provoco muito. Me disseram que isso serve para instigá-lo a resgatar sua própria alma, sua fartura e abundância originais. Me disseram que eu sou uma baita ferramenta evolutiva, provocando todo mundo no sentido de perceberem que já nasceram com todos os poderes dentro de si, e que eu nem sou poderoso como pareço.Affff…. Que saber? Tô nem aí!
É incrível como você é facilmente persuadido por mim, como eu consigo lhe tirar seu próprio poder. E você nem se dá conta…. Muahahaha.
Pois que me usem como a tal ferramenta. Adorooooo!
Ei…. psiu!
Chegue bem pertinho. Me disseram que tudo já lhe foi dado antes mesmo de nascer aqui, e que é você que me afasta de perto de si.
Muahahaha. Que hilário!
Quer saber?O que me foi dito está certo, sim. Sem você não sou grande coisa, tá?
Você me coloca num pedestal que nem mereço. Ahhhhh, como é bom ser bajulado, cheirado, beijado, idolatrado.
Bem…. Só que nem tudo são flores no meu ofício, nem sempre tudo dá tão certo assim pro meu lado. Existem algumas raras exceções que acontecem quando alguns de vocês descobrem Quem São de verdade, quando finalmente se dão conta de que qualquer fartura é criada ou atraída por vocês mesmos. Que seja, mas isso é raro, tá? Só que, nestes casos, daí vocês viram Deuses (os Deuses que já são e sempre foram), e então não me resta muito a fazer além de me curvar e ser seu subordinado. Afinal de contas, todo mundo tem um patrão, né?
Ainda bem que poucos se dão conta disto. Muahahaha.
Mas é por isto que às vezes, só às vezes, quando vocês despertam e transcendem o sonho da vida, eu acabo tendo que me humilhar e me atirar sobre vocês, sobre aqueles que já descobriram meus segredos (e os segredos da vida), sobre aqueles que já não se iludem, que já expressam sua grandeza original, independente de me terem ou não em suas vidas.Mas espere aííí…. haha. Eu já vou avisando que só me ter não basta. Porque, mesmo me tendo, eu prego peças em vocês. Se permitirem, eu os torno arrogantes, obcecados, eu lhes vendo a ideia de que, ao me ter, são superiores, de que são melhores que os outros…. sem falar no fato de que sempre tento lhes deixar no medo de que irei sumir de suas vidas a qualquer hora.
Muahahaha !
Mas olha…. Eu tenho que admitir que, quando um de vocês se dá conta de que nem precisa de mim, eu me descontrolo. Aaai, eu não resisto, sabe? Daí percebo que realmente nem sou grande coisa, acabo me entregando e me atirando sobre aquela pessoa, não consigo me segurar – mesmo que ela já nem me dê bola. Quanto menos ela se importa comigo, quanto mais ela me esnoba, mais eu me derramo sobre ela — ou pelo menos eu tento, mas muitas pessoas não me aceitam, crêem que sou a raiz de todos os males, e assim me afastam de si mesmas.
Ademais, nem todos os ricos chegaram a este ponto de desapego do dinheiro, àquele nível onde a pessoa já se dá conta de que o dinheiro nem é tão importante para a felicidade. Na verdade, pouquíssimos tiveram este êxito, porque de nada vale ter um montão de grana enquanto a Consciência estiver adormecida.
Ah…. Droga. Mas o que importa?
São só alguns poucos de vocês que conseguem ter essa mestria em lidar comigo e em me “dominar”, em não ficar desesperados quando não me têm, ou arrogantes ao me ter.
A maioria continua a me valorizar tanto que eu acho que ainda vou reinar soberano por muito tempo…. Não é à toa que me chamam de Vil Metal e se esforcem tanto para me conseguir em qualquer quantidade e a todo custo.
E convenhamos…. No papel de mau, eu realmente sou muito bom.
Muahaha….Muahahaha“.
JORGE ZAHELL
2. EULÁLIA e o dinheiro….
Nascida numa favela do Rio de Janeiro, Eulália era filha de uma mãe autista e de um belo mulato. Este, por sua vez, nunca aceitou o fato da menina ser loira, sempre imaginou que a esposa o tivera traído, mas jamais conseguiu dela qualquer confissão. Assim sendo, ele fazia pouco caso da filha e até a destratava, dando toda a atenção ao filho mais velho, sua cara. A mãe mal conseguia se dar conta de que ela própria existia, que dirá de seus filhos.
Foi assim que a vida obrigou Eulália a se virar sozinha desde cedo. Subnutrida, fazia pequenos favores para os vizinhos na favela, sempre em troca de alguma comida. Vivia faminta, fato que a impelia a querer fazer algo para mudar sua própria situação.
Aos 10 anos ela levou um baque ao ver seu irmão ser levado embora por uma parente compadecida pela miserável situação em que viviam – mas que não poderia adotar as 2 crianças ao mesmo tempo. E acabou ficando sem o seu irmãozinho, com o qual ela se dava muito bem.
Mas isto não impediu que o seu jeitinho sagaz, inteligente, doce e solitário cativasse uma vizinha, que convenceu os pais dela a permitirem que a menina a acompanhasse em seu trabalho de doméstica numa mansão carioca. Ao menos a menina teria o que comer.
Lá Eulália começou a ter acesso a outras perspectivas da vida. Abria a geladeira e se impressionava com a fartura e a variedade de comidas que jamais sonhara.
Havia salames, presuntos, mortadela e queijos de vários tipos e marcas – sem falar em patês, cremes e tortas. Jamais faltava mamão, melancia, melão, morango e laranja, entre outras frutas da estação. Os almoços eram rebuscados, e nos cafés da tarde sempre havia pães e doces que ela jamais imaginara existir. Era um mundo novo para seu paladar, mas principalmente para seus delicados e curiosos olhinhos.
Ao ver os donos da casa mandarem jogar fora restos de comida, ela não conseguia entender como que uns podiam ter tanto, enquanto outros mal tinham para sobreviver. Era um contraste para ela, um impacto que a marcou.
E assim começou a sonhar em mudar de vida, em evoluir. Só que enquanto isto não acontecia, ela passou a fantasiar com contos de fada, com um príncipe que talvez viesse resgatá-la, com dias de mais fartura, com um milagre que pudesse dar a ela acesso a tudo que o dinheiro pode comprar. Porém, Eulália era íntegra, nunca tocou em nada. Ela comia a mesma comida que sua “madrinha”, a empregada, a qual dividia com a mocinha as sobras dos ricos moradores daquela mansão.
Agora bem nutrida, ela finalmente desabrochou. Aos 12 anos suas curvas foram ficando mais delineadas, seu corpo estava começando a chamar a atenção. Estava feliz, vivia viajando em seus sonhos, certa de que algo mágico a esperava num futuro não muito distante. O mundo, enfim, sorrira para ela. Só que quanto mais elogios recebia, mais irritado seu pai ficava, por lembrar da suposta traição da esposa. Não demorou muito para que um senhor da favela chamasse o pai de Eulália e lhe fizesse uma proposta. Ofereceu-lhe R$ 250,00 para dormir com ela, e afirmou que daria R$ 500,00 caso ela ainda fosse virgem.
-“Claro que é virgem”, disse o pai. E finalizou: -“Por R$500,00 ela será sua”.
O negócio foi fechado, mas ficou acertado que o pai teria que trazer a menina para a casa deste senhor. Pois em poucos dias o pai dela a informou que iria dar uma volta na casa de um amigo especial, e convenceu-a de que ela deveria ir junto, mas não sem antes tomar um belo banho, se arrumar bem e passar uma generosa quantidade do perfume da mãe dela. Chegando lá, aquele senhor contou à menina que a admirava, e que faria uma festinha de aniversário para ela e amiguinhos, com direito a balões, doces e comidas
– “Pode ser uma festa de princesa?”, perguntou ela.
–“Claro, claro princesa”, respondeu ele.
–“E o senhor consegue comprar alguns brigadeiros para mim? Eu nunca provei, mas já vi lá na mansão onde minha madrinha trabalha”, disse a ingênua criança.
–“Sem problemas, princesa, providenciarei tudo para lhe fazer feliz”, disse o senhor, já conduzindo-a para o quarto com a oferta de um lanche e uma TV sintonizada em um canal infantil.
Enquanto ela comia e assistia desenho, ele lhe deu também uma bebida com uma pequena dose de sonífero. Quando ela ficou tonta, infelizmente o pior aconteceu. Eulália, neste instante, deu-se conta de tudo. Enquanto era estuprada e não tinha forças para reagir, percebeu o descaso do pai, notou que o ato tinha até seu consentimento e que o mundo, enfim, não era cor de rosa como ela sonhava. Percebeu, enfim, a crueldade de tudo aquilo. E todo aquele mundo de sonhos ruiu.
Assim que se recuperou, ela saiu dali. Passou pela mãe autista, que a procurava – e que pela primeira vez a olhou nos olhos e sorriu – mas não parou. Fugiu sem rumo, estava em choque. Seus pais nunca mais a encontraram. Imaginaram que alguém a teria levado, tão linda que era. Mal sabiam que ela desistiu de viver. Perdera a esperança e se atirara embaixo do primeiro trem que viu passar nas proximidades. Nem sequer o maquinista se deu conta de que a atropelou.
Sumiu sem deixar rastros.
Comentários de JORGE ZAHELL
A primeira pergunta que a maioria das pessoas faz nessas horas é: como que Deus permite isto?
Bem…. A simples pergunta implica em falta de Perspectiva Consciencial em relação ao que A Vida É, em relação a Quem Somos de fato. O mundo de Deus é perfeito, e as suas imperfeições são, no fundo, apenas experiências passageiras de Seres eternos vivendo aventuras suaves ou pesadas, lindas ou terríveis, sempre protegidos por sua própria eternidade e indestrutibilidade.
Eulália não morreu, foi o seu corpo que padeceu. Essa é a questão, a perspectiva ampliada. Se ela atraiu esta experiência, com certeza precisava passar por isto, dadas suas escolhas e seus atos praticados não apenas nesta vida.
Nenhuma experiência é boa ou ruim em si. São apenas experiências. Nós as atraímos ou as criamos a partir do que já vivemos ou do que estamos precisando experimentar para fazer-nos mudar de perspectiva, para que possamos romper falsas verdades impregnadas em nosso Personagem Transitório (Eu Humano) e finalmente acessar algo de nosso Eu Verdadeiro – que transcende aquela vida ali, bem como as anteriores e as futuras vidas daquele personagem em evolução, em processo de resgate da Consciência de Quem É além das aventuras do mundo fenomênico.
Nada acontece ao acaso, só passamos por situações que precisamos experienciar ou que não conseguimos evitar (após termos atraído elas), não importa o teor da experiência. E vamos adiante rumo a novas aventuras, sempre com uma nova perspectiva proporcionada pela experiência anterior – e com a OPORTUNIDADE de adotar novas posturas, descartando crenças inadequadas.
No caso de Eulália, a questão financeira está na base da experiência que ela criou ou atraiu para si. No universo, não existem vítimas nem algozes. NUNCA ! Cada um cria a sua realidade de acordo com suas crenças, escolhas e necessidades evolutivas. Enquanto a pessoa não se responsabiliza 100% pelo que lhe sucede, é porque ainda não conseguiu conectar-se naquela perspectiva ampliada, na Consciência Maior.
Vamos analisar com mais profundidade a situação dela….
O ambiente em que Eulália foi criada era de extrema pobreza. O fato dela ter nascido com características muito diferentes do pai bruto só tornou tudo ainda pior para ela. Mas saiba que FOI ELA QUEM ESCOLHEU ISTO (mesmo que não se lembre disto), foi ela quem decidiu nascer naquela família. E sim, o mulato era o pai biológico dela, só que ele não acreditava ser possível – e julgava.
Pois então, por que ela teria escolhido nascer num cenário assim?
Caro leitor, não subestime a grandeza da vida, o alcance que você mesmo tem antes de entrar num mundo físico. Como um Ser em evolução, ela escolheu (a partir de uma esfera um pouco maior em termos de amplitude de visão) a família ideal para ter as experiências que desejava viver no sentido de ter uma oportunidade para ampliar suas perspectivas como Ser, para ampliar seu acesso a uma Consciência Maior, principalmente em relação às crenças distorcidas atreladas às farturas e bonanças da vida.
Sim…. Seu foco principal era encarar de frente o desafio da FARTURA – da qual o dinheiro é o símbolo (mesmo não sendo nem de longe uma verdade, pois fartura não se resume somente ao que o dinheiro pode comprar).
O Sr. Dinheiro não é bom nem ruim, ele não tem o mínimo poder para nos afetar, mas sim o que pensamos dele. O dinheiro, quando supervalorizado, corrompe o bom senso das pessoas que não têm estrutura, que não se conectam minimamente aos próprios sentimentos, que estão à mercê dos pensamentos de seus egos – sempre medrosos e querendo garantias. E assim, tanto o pai de Eulália quanto ela se perderam na experiência. Ele a vendeu, não só por superestimar o dinheiro, mas também como uma forma de vingança da esposa e da filha “bastarda”.
Porém, não perca o foco no fato de que ela escolheu ESSE pai, ESSA família ESSAS condições para nascer. E, na esfera a partir da qual ela escolheu, ela foi ajudada, sabia muito bem o que estava fazendo ao ingressar num cenário de vida tão pesado. Havia algo que lhe interessava nessa experiência – cujo desfecho poderia ter sido muito diferente, dado que sempre temos Livre Arbítrio, sem falar da intuição sempre presente, mas nem sempre “ouvida” ou sentida – que dirá valorizada ou priorizada.
Eulália era uma menina mais sensível. Mas escolheu nascer num cenário complicado justamente porque ela queria viver certas experiências contundentes, de maneira a ter a chance de se redefinir tendo aquele cenário como motivador de mudanças. E uma parte maior dela sabia muito bem quais as experiências prováveis que teria – como também sabia que experiências são apenas oportunidades para despertarmos, independente do desfecho (dado que essa Consciência Maior sabe muito bem do nosso caráter eterno e indestrutível, apesar das aparências nas quais mergulhamos em cada vida).
Entenda o cenário….
Ela era uma menina sonhadora e inocente, mas passava fome, necessidades. Até que a vida (não por coincidência) a apresentou a um mundo cheio de farturas, numa mansão de alta classe. Ela passou, então, a superestimar a fartura, os luxos, a riqueza. Passou a acreditar que somente com isto ela poderia ser realmente feliz, verdadeiramente completa – dado que vivia na miséria. Só que isto não é verdade, e era ESTA CRENÇA DISTORCIDA que ela pretendia mudar.
A fartura é um merecimento de todos – apesar de esquecerem disto. É dela que somos provenientes, e só saímos dela porque criamos para nós mesmos uma realidade de escassez (enquanto Inconscientes das Verdades Maiores da vida). Sim, nós criamos, cada um cria seu mundo e é um mundo à parte.
Cada pessoa é muito mais poderosa do que imagina…. só esqueceu disto – propositalmente (para que o jogo da vida começasse).
Porém, nós não merecemos só a fartura financeira, e sim todas as bonanças: fartura de amor, de felicidade, de amizade, de inteligência, de comida, liberdade, etc. Se Eulália partiu tão cedo e com uma experiência tão contundente, certamente ela quis se submeter a uma situação tão impactante assim, e uma parte mais elevada dela tinha PLENA e absoluta noção das probabilidades de acabar tendo exatamente este desfecho que aconteceu. Mas, do alto de uma perspectiva maior, ela talvez foi mais ousada do que radical, quis acelerar seu crescimento como Ser eterno em evolução, e escolheu o planeta certo para isto, um mundo cheio de contrastes e oportunidades – e que, justamente por isto, é chamado de Planeta Escola.
Cada um cria seu céu ou seu inferno, e nele se glorifica ou padece. Ainda assim, de alguma forma, há perfeição em TUDO. O “inferno” também é o “céu”, depende de você. Apenas abra seus olhos e PERCEBA, sem julgamento! Tudo pode mudar ao sabor de suas escolhas.
A C O R D E !
Conecte-se no coração, na intuição, no Eu Maior. Ele sempre lhe indicará os melhores caminhos, ele está sempre tentando ajudá-lo a expressar sua própria grandeza. No mundo autocriado de cada pessoa, tudo e todos conspiram para provar que as crenças da própria pessoa estão certas – independente de estarem ou não.
Você é o criador de tudo que o rodeia…. TUDO ! E está co-criando com outras pessoas, sem prejuízo da criação individual (porque existem inúmeras dimensões, a vida é algo muito maior do que você jamais ousou sonhar).
Cabe a cada um ir despertando para uma Realidade Maior, vida após vida – com muuuuita ajuda, acredite, mas também com total liberdade (Livre Arbítrio). Quando você escolhe ser GRATO pelo que já tem, sabendo e sentindo que a Vida está tentando sempre lhe ajudar a evoluir, você para de questionar, de reclamar, e então o cenário começa a mudar. É você quem o cria, mesmo que não compreenda ou duvide!
Nesse exato instante Eulália certamente já está noutra aventura, e considerando o impacto da experiência relatada, eu imagino que ela já esteja conseguindo usar melhor sua intuição rumo a caminhos mais harmoniosos, principalmente quando vier a se deparar mais uma vez com o desafio da fartura.
Quanto ao estupro…. Bem, não sabemos o que ela fez em outra existência, mas com certeza ela precisou passar por isto nesta vida, para equilibrar o jogo – o jogo da sua vida maior (que provavelmente não começou nesta vida de Eulália, nem tampouco terminou com a morte do seu corpo). Entenda que sempre podemos escolher expressar gratidão e paz mesmo quando enfrentando caminhos muito árduos. A simples postura de confiança na vida faz com que o cenário mude bem mais rápido do que se imagina.
Somos nós que criamos nossa Realidade Aparente. E por mais que ela seja persistente, não deixa de ser apenas mais uma de infinitas aventuras que vivenciamos dentro da proteção de Deus, que jamais nos abandona – principalmente quando duvidamos de tudo, inclusive Dele.
JORGE ZAHELL
No item 5 (CONCLUSÃO GERAL) você poderá ter uma explicação melhor do que realmente é o nosso amigo DON DINERO (Sr. Dinheiro) e de seu papel como ferramenta evolutiva. Sugiro que você leia as histórias na sequência numerada, para uma mais ampla compreensão do impacto do dinheiro nas vidas das pessoas.
3. JOHN e o dinheiro….
John era um jovem herdeiro de uma rica família. E, como tal, tinha tudo que um jovem poderia sonhar. Fora criado com muito amor, o que lhe proporcionou uma ótima autoestima. Casou-se aos 28 anos com o forte desejo de ter filhos e formar uma bela família. Ele e sua linda esposa faziam planos, estavam apaixonados e felizes com as probabilidades à sua frente.
Porém, ela não engravidava. Fizeram inúmeros tratamentos em clínicas especializadas, nunca desistiram, mas nada mudava. Bem, o sofrimento une as pessoas, e com eles não foi diferente. Mas os anos se passaram. Quando já estavam pensando em adotar, finalmente ela engravidou. Por não ter quaisquer necessidades financeiras mal resolvidas, John dedicou-se ao que mais gostava, seguiu a carreira de piloto, muito glamourosa naquela época.
E assim, aos seus 39 anos, nasceu seu primeiro e único filho, MARCELO, um menino perfeito e saudável. Foi criado com todo o amor, tivera sido esperado por mais de uma década. Teve uma educação primorosa e toda a atenção que um filho único pode receber.
Anos depois, John, já com 52 anos, começou a treinar um jovem piloto para substituí-lo. Iria se aposentar em poucos anos, e achou justo dedicar-se a encontrar um substituto à altura. Após quase 2 anos, aquele jovem piloto já estava começando a voar sozinho, e seguiu sua carreira adiante, agora como piloto profissional. Foi então que John começou a notar uma tristeza enorme. Ainda faltavam alguns poucos anos para se aposentar, e não entendia como podia se sentir assim. Após investigar melhor seus próprios sentimentos e ir a fundo nas emoções, deu-se conta de que sua nostalgia estava ligada àquele jovem piloto que tinha seguido seu caminho.
Eram sentimentos diferentes, contraditórios, mas não precisou pensar muito para se dar conta de que estava, de fato, apaixonado por outro homem. Era um sentimento muito forte, algo que ele não tinha mais como ignorar.
Seus superiores perceberam o abatimento do experiente piloto, e então lhe perguntaram o que poderiam fazer por ele nos poucos anos que lhe restavam na profissão. John pediu para voltar a voar com aquele jovem piloto, não se importando com quaisquer concessões que tivesse que fazer – argumentou que já não se encantava mais por viagens comuns, e tinha carinho pela boa companhia daquele jovem piloto – sem deixar claros os reais motivos. Bem, seu pedido foi aceito pela empresa. E, como era correspondido, ele e o jovem piloto começaram um lindo romance pelos céus e destinos maravilhosos que aquela profissão lhes proporcionava.
Aos 14 anos, MARCELO pediu para ir junto com o pai numa destas viagens. É claro que seu pedido foi prontamente atendido, jamais negariam algo para o único e mimado filho. Durante o voo, seu pai esqueceu-se de trancar a porta da cabine – o que hoje em dia já é norma das companhias aéreas. E assim MARCELO acabou abrindo a porta num momento inadequado, flagrando seu pai aos beijos com o companheiro, enquanto o piloto automático gerenciava o voo.
Marcelo, que não conseguiu entender direito a cena que acabara de presenciar, saiu de fininho sem ser notado e jamais se abriu sobre o assunto. Mas algo mudou dentro do rapaz. Começou a ficar rebelde, revoltado. Passou a andar com uma turma barra pesada, a se envolver em confusões e a correr riscos desnecessários.
Ninguém conseguia entender o rapaz, que não se abria. Julgou a situação e preferiu se fechar, mantendo sentimentos de revolta e rebeldia só para si…. até atrair um triste final para sua vida. Durante um tumulto junto com sua turma, acabou se ferindo e morrendo no próprio local. Seus pais jamais entenderam o que tinha acontecido com o rapaz. E, obviamente, jamais se perdoaram pelo cruel destino do filho.
Onde teriam errado?
Por que o rapaz se transformou assim?
Não havia explicação, mas tiveram que se resignar. Já era tarde para salvar Marcelo.
Ou será que não?
Comentários de JORGE ZAHELL
As explicações a seguir assumem que você já tenha lido as explicações das histórias anteriores, pois todas elas se complementam.
O menino Marcelo tinha uma doçura genuína e aparentemente teria uma vida tranquila e sossegada, dado o ambiente em que foi criado. Porém, ele atraiu um cenário de provocação, onde viria a passar por um choque em sua vida, uma oportunidade para ele encarar a situação e escolher o caminho mais elevado – o que infelizmente ele acabou não fazendo. Nesta história, mais uma vez o dinheiro (e o Poder associado a ele) foram a base do conflito.
Marcelo enxergava seu pai como sendo um homem poderoso, rico, influente e bem sucedido, o qual era a sua maior fonte de inspiração em relação a valores humanos. Mas ele flagrou o pai naquela situação amorosa (o que foi tudo, menos coincidência), e o julgou por estar vivendo um outro amor – e ainda mais fortemente por ser com outro homem.
Com o trauma escolhido (sempre é uma questão de escolha), passou imediatamente a rejeitar o status de menino rico que tinha, quis viver com os marginalizados, os rebeldes, sem se importar com a própria segurança. Considerava que o dinheiro é algo que corrompe, que traz um poder perigoso e que, no fundo, estraga as pessoas – puro julgamento.
O dinheiro não é bom nem ruim, apenas é um mecanismo evolutivo, e não é ele quem tem poder, mas nossos julgamentos em relação a ele (ou à sua falta/excesso).
Todos temos Livre Arbítrio, e escolhemos as principais características do cenário onde iremos nascer (baseado nas experiências e oportunidades evolutivas que queremos ter naquela vida, visando algum objetivo ou superação). E, dali em diante, está nas nossas mãos, com total Livre Arbítrio para nos revoltarmos, cairmos, morrermos ou, então, escutar a intuição e encarar qualquer situação, pois problemas não passam de oportunidades evolutivas – SEMPRE (mesmo que disfarçadas).
Infelizmente MARCELO preferiu o caminho mais desastroso…. até certo ponto. Nunca é tarde para salvar alguém! A morte não é um desastre, é apenas uma passagem. Porém, ele não conseguiu vencer este desafio, preferiu julgar, tanto o pai quanto, principalmente, o dinheiro.
Depois desta experiência contundente, ele certamente já bolou alguma outra aventura para novamente mergulhar em algum cenário novo que pudesse dar a chance para ele superar este julgamento em relação ao dinheiro – que abala tantas pessoas neste nosso mundo.
Nada é tão definitivo quanto todos pensam. Todos teremos infinitas oportunidades para resgatar nossa Luz Original. E, quando o fazemos, percebemos que já nascemos ricos, uma vez que, como luzes emanadas de uma Luz Maior (Deus), todos possuímos em nossa essência a plenitude natural do Pai-Criador – por mais que o cenário diga (e até prove) o contrário. Quando começamos a resgatar nossa Consciência Plena, nos damos conta de que o que importa não é o evento que nos acontece (que foi criado ou atraído por nós mesmos), mas sim COMO REAGIMOS a este evento.
É nessa hora que podemos escolher QUAL VERSÃO de nós mesmos queremos expressar na prática. Para expressar a melhor versão de nós mesmos, temos que confiar na vida em si para ser nossa professora e também nas experiências que atraímos, sabendo que sempre estamos amparados pela proteção de nosso Pai/Mãe Maior, sabendo que são apenas aventuras passageiras de Seres eternos.
JORGE ZAHELL
No item nr. 5 (CONCLUSÃO GERAL) você poderá ter uma explicação melhor do que realmente é o nosso amigo DON DINERO (Sr. Dinheiro) e de seu papel como ferramenta evolutiva. Sugiro que você leia as histórias na sequência numerada, para uma mais ampla compreensão do impacto do dinheiro nas vidas das pessoas.
4. Dorian e o dinheiro….
Dorian era um menino humilde, nascido em uma família de baixa renda e que desde muito cedo lutava pela atenção dos pais. Ele se esforçava para se fazer notado, não entendia porque seu pai lhe fazia tão pouco caso, parecia mal lhe perceber – sem falar no fato de que seu pai era bastante enérgico e austero com as palavras.
Com pouco mais de 1 ano de idade ele parou de fazer xixi na calça, queria ser responsável, queria agradar. Com 2 anos de idade já cuidava do irmão mais velho, arteiro e sempre pronto para a próxima bagunça. Com o passar dos anos ele ganhou outros irmãos, vindo a se sentir apenas mais um dentre os quatro irmãos. Definitivamente não se sentia amado. Tudo que ele fazia visava o reconhecimento dos familiares, principalmente do pai, que pouco parava em casa.
Os anos se seguiram, seu pai foi se tornando um executivo, sua família passou a fazer parte da classe média e a atenção dele para com os filhos era cada vez menor – sem falar no fato de que, quando estava em casa, o pai era pouco amistoso e vivia irritado, preocupado com suas obrigações profissionais e já sem a devida paciência para lidar com os 4 filhos.
Mesmo ainda criança, Dorian já percebia que o único momento em que ganhava a atenção plena dos pais era quando ficava doente. Desenvolveu, assim, uma tendência a alimentar pensamentos que envolviam doenças e risco de vida, tudo para que, a partir disto, recebesse afeto – nem que fosse só em sua imaginação. E claro que, não raro, ele realmente adoecia, afinal de contas, a nossa mente é muito poderosa e não distingue muito bem a realidade física daquela criada só nos pensamentos.
A vida seguiu….
Quando adolescente, Dorian usava óculos com elevado grau, era magro, estatura mediana e se sentia pouco à vontade com seu visual. Terminou o segundo grau, entrou na faculdade e, para complicar tudo o mais, sua carinha de menininho não o favorecia com as moças, que sempre pensavam que ele era no máximo um pré-adolescente, apesar de já ter adquirido um porte maior. Enfim, sua autoestima não era nada saudável.
Foi assim que, já formado, casou-se com a primeira moça que realmente lhe deu atenção. Uma vez que não se realizava no amor (tampouco tinha noção do poder transformador que este tem), julgou que só lhe restava buscar reconhecimento e sensação de autoestima a partir de conquistas externas, através do sucesso profissional – um erro fatal, pois autoestima só se consegue de dentro para fora, não a partir das coisas externas.
Costumava ler em revistas que o segredo da vida era ser próspero, ser bem sucedido, ter seu negócio próprio, enfim…. ser rico. Comprava todos os livros técnicos que podia sobre prosperidade, sucesso, conquistas. Sabia tudo sobre estatísticas financeiras, empresas famosas, bolsa de valores, etc.
Tornar-se bem sucedido (e, consequentemente, reconhecido) era, na sua mente, a única forma de se sentir especial, alguém que se destaca na multidão. Afinal de contas, lá bem no fundo todos nós nos sentimos especiais, todos nós sabemos que não somos apenas aquele pobre e falível humano que luta para sobreviver, aquele simples anônimo…. Porém, apesar da grandeza que intuímos ter, a verdade é que só ficamos obcecados em mostrá-la para o mundo quando não compreendemos O Que a Vida É de fato e qual nosso papel nela. E essa compreensão só vem quando a pessoa se abre para uma Consciência mais elevada, que está muito além da consciência básica humana.
Dorian ficou obstinado com o tema de conquistar a prosperidade. Trabalhava noite e dia, pouco se importava com a questão amorosa. E, claro, para sentir-se especial, empenhava-se em jamais fazer coisas que julgava erradas, em ser o certinho que faz tudo direitinho – inclusive na relação “amorosa”, sendo o marido que não erra (apesar de infeliz no amor), refém da ideia de que quem comete erros é menos especial. Jamais traiu a esposa, sequer olhava para outras mulheres, porque isso o fazia imaginar-se caindo em sua escala de valores caso se encantasse por outra mulher.
E seu ego adorava, pois vê o amor como seu maior inimigo, dado que o amor LIBERTA. Esse comportamento de Sr. Certinho, patrocinado pelo ego, garantiria seu afastamento daquilo que realmente importa na vida: AMAR e SER AMADO.
Após alguns anos de trabalho, saiu para montar uma empresa própria baseada em uma grande e inovadora ideia que tinha. Em menos de 01 ano faliu, estava vivendo apenas no seu mundinho perfeito criado por uma ilusão. Todavia, mesmo assim suas inovações chamaram a atenção de algumas empresas grandes. Quebrado, aceitou justamente aquilo que costumava lhe causar aversão: trabalhar de consultor para uma destas empresas e, posteriormente, de empregado. Considerava que jamais seria rico trabalhando para os outros. Mas, sem ter alternativa, resignou-se a aceitar este caminho…. sabia que era algo temporário.
Apesar de logo ter se tornado um executivo brilhante, ainda assim ele considerava que aquele trabalho não lhe traria o status que julgava merecer, e saiu para criar mais outra empresa, mesmo mediante uma proposta financeira muito elevada para permanecer no emprego, a ponto de causar revolta em todos os seus amigos, que jamais sonhariam receber um salário de executivo de padrão internacional.
E assim nasceu sua segunda empresa….
Sua esposa, já saturada com a falta de entrosamento do casal, partiu em outro rumo. Na verdade, os dois não se amavam, e ela sempre soubera disto – é impressionante como as pessoas insistem em permanecer unidas por mero receio de errar ou de perder algo que, no fundo, nem desejam mais. Ela arrependia-se de tê-lo induzido a casar. E ele, refém de ser o Sr. Certinho, jamais se daria o direito de alguma outra empreitada romântica, preso à ideia de que aqueles que erram são inferiores.
Bem, Dorian ficou emocionalmente abalado com a separação, estava acomodado e apegado – mas isto não afetou seus ideais profissionais, seguiu sozinho e ainda mais determinado a ser alguém reconhecido. Mal se interessava por romances, queria primeiro provar seu valor através de feitos e conquistas – típico de pessoas que não acessam uma Consciência mais elevada, a qual SABE que você é muito mais do que suas obras, do que seu corpo, do que essa sua vida atual. Ele queria primeiro sentir-se alguém especial a partir de feitos, para só então dar atenção ao tal AMOR – se sobrasse tempo.
Passou um longo período sem auferir quaisquer lucros, mas não se importava. Estava seguro de que esse era o caminho da fartura, da riqueza e, enfim, da FELICIDADE. Mesmo sem resultados positivos, ele já se sentia importante, era empresário – ainda que sua minúscula empresa mal fosse notada, inclusive pelos raros clientes que apareciam. Porém, mesmo assim ele começou a se comportar com tranquilidade, com desapego, julgava-se feliz porque se sentia um dono de empresa– mesmo sem ter quaisquer rendimentos por muito, muito tempo. Tinha algumas reservas financeiras, estava focado e decidido.
NADA o deteria!!!!
Bem, em nossas vidas, sempre teremos mais daquilo que vai dentro de nós mesmos, justamente porque criamos nossa Realidade Aparente a partir de nossos pensamentos, palavras e ações. Uma vez que Dorian já se sentia próspero e bem sucedido mesmo sem lucrar, em poucos anos a vida refletiu por fora o que ia dentro dele…. e assim teve início uma escalada profissional e financeira impressionante. Cada semestre que passava ele ganhava mais dinheiro, ampliava a empresa e ficava mais e mais rico.
Enfim…. o sucesso!
Solteiro, já maduro, charmoso, sorridente e bem apessoado, começou imediatamente a desfrutar do sucesso e da fama de ser um empresário que não passava despercebido. Encontrou uma namorada que o fez brilhar ainda mais…. por pouco tempo – pois se decepcionou profundamente com a moça, percebendo que ela não era a idealização que ele tinha criado em sua mente.
Sofreu, sofreu muito com a perda de algo que só existiu em seus pensamentos. Muitas pessoas constroem idealizações de príncipes ou princesas, e quando acham alguém que julgam se encaixar naquele sonho, fundem o personagem dos sonhos com a nova pessoa…. até que um dia se dão conta da realidade, de que aquela pessoa não é sua idealização, é apenas…. diferente. E tudo desmorona.
Bem, Dorian resolveu então que a solução era trocar de namorada, mas o problema persistiu. Novamente se decepcionou, e resolveu adotar a postura de MEDO DO AMOR, cheio de revolta e de receio de se machucar, sempre colocando a culpa nas mulheres, jamais assumindo a responsabilidade que lhe cabia em qualquer evento que atraía.
Quem responsabiliza o “outro” (por suas desditas) não está realmente Consciente em relação às Verdades Maiores da vida, como por exemplo: “Você é responsável por TUDO que acontece em sua vida!”.
Dorian escolheu o caminho das aventuras românticas vazias, pois agora já tinha se transformado num executivo bem sucedido, tornara-se um homem elegante e que se sentia poderoso. Fazia sucesso com as mulheres, desenvolveu uma espécie de autoconfiança extrema ao lidar com elas, sentia que podia conquistar quem quisesse – desde que ela não tivesse muito potencial para ganhar seu coração, pois, no fundo, temia o amor (e as dores que podem se originar a partir de uma entrega amorosa que acaba em desastre), evitando assim aquelas mulheres com mais potencial para fazê-lo se apaixonar profundamente.
De qualquer forma, uma certa intuição lhe dizia que algo estava errado, que algo faltava em sua vida. Viveu anos naquela bonança, usufruindo de sua riqueza, de seu status, sempre de aventura em aventura, de mulher em mulher. Mas, como acontece com todos aqueles que se entregam a muitas pessoas sem se entregar de verdade ao amor, ele acabava sempre se vendo sozinho, sentia aquela saudade de algo que nem lembrava, um aperto no coração, uma tristeza oriunda de uma nostalgia sem explicação. Era tão forte e angustiante que ele adotou uma estratégia para não sofrer: quando se sentia assim, Dorian procurava o próximo colega, a próxima festa, a próxima mulher. E empurrava os sentimentos, a intuição e as inquietudes para debaixo de um tapete mental, fingindo que não sentia nada.
Estava, enfim, vivendo aquele glamour tão comentado pelas revistas especializadas. Quanto mais fazia contas, mais percebia que sua riqueza só aumentava, cada vez mais “poderoso”. Porém, estranha e simultaneamente, quanto mais rico ficava, mais percebia a existência daquele vazio que não entendia, mas que só crescia.
Foi então que, numa noite de inspiração, ele resolveu encarar para valer aquela nostalgia.
Quando encaramos um problema de frente, sem medo do que pode vir, 50% dele já se dissolve e se resolve na hora, pois assim desmistificamos parte do poder que aquele problema tinha no sentido de temermos ele. O poder nunca está no problema em si, mas no que tememos como consequência dele. Um problema sempre traz consigo uma oportunidade evolutiva.
Dorian começou sua autoanálise pela questão profissional, a mais importante para ele. Queria entender a origem de sua inquietude. Fazendo uma retrospectiva da vida, percebeu que tinha muito capital, estoque e estrutura. Poderia conseguir ampliar seus negócios e multiplicar seu já elevado patrimônio em pouco tempo.
Era a hora certa !
Até que fez a si próprio a pergunta que poucos se fazem:
– “Será que se eu ganhar o dobro, o triplo, ou 10 vezes o que ganho hoje, eu serei mais feliz?”
Infelizmente, para ele, a resposta foi um sonoro e contundente NÃO!!!! Ou será que devo dizer FELIZMENTE????
Pois é…. Mas o fato é que isso o arrasou. Afinal de contas, pela primeira vez ele se deu conta de que a felicidade não estava em cima de um Everest Financeiro, como pregavam as revistas, os jornais e os livros que falam de sucesso. A vida toda ele imaginou que, se chegasse naquele topo, sua felicidade estaria garantida.
Era essa a ideia que a mídia sempre lhe vendera.
Mas então por que ele não conseguia se sentir feliz? Óbvio, algo faltava…. Mas o quê?
Deprimido, tendo perdido sua única bússola interna (sua ambição), ele começou a adoecer, tudo perdera o sentido. “Ganhar tanto dinheiro para que?”, se perguntava. Aos poucos percebeu que dinheiro nenhum preencheria aquele vazio. Ele tinha a namorada “perfeita”, ele tinha dinheiro, sucesso, reconhecimento…. mas ainda assim algo lhe angustiava.
Resolveu procurar ajuda de um profissional. Este, ao ver o estado do paciente, lhe fez a pergunta derradeira:
– “Você está muito, muito doente. Resta-lhe pouco tempo de vida. Afinal de contas, o que você quer da vida? Quer viver ou morrer? Porque eu posso lhe auxiliar nos dois sentidos, sou especialista em doentes terminais e posso lhe ajudar a partir deste mundo em paz, se for sua vontade. Então…. O que vai ser? Você precisa escolher um caminho!”
Esta afirmação impactou Dorian. Deu-se conta de que sua situação era realmente grave e de que tinha pouco tempo.
Resolveu, então, viver.
Passou um ano inteiro lutando pela vida, mas ainda assim brigando com seu terapeuta para, só depois deste tempo todo, admitir que o problema não era a empresa, os empregados, as confusões. O vazio que sentia era, no fundo, pessoal…. e de ordem amorosa. Demorou para aceitar isto porque não fazia ideia do que é o amor de fato.
Todavia, a estas alturas Dorian já estava cada vez mais doente, mas determinado a viver. Pagaria qualquer preço para sair daquela situação, mal dormia, não conseguia trabalhar e tudo à sua volta desmoronava.
Aceitou as colocações deste terapeuta, o único profissional da área de saúde a acreditar que ele poderia sobreviver a tantas doenças “poderosas e insuperáveis”, o único a lhe indicar um caminho: o da autocura, através da mudança de postura mental.
Pois é…. A sensação de impotência que escolhemos ter perante cenários de dificuldade acaba se alastrando para todas as áreas da nossa vida, da mente e do corpo – que acaba refletindo, por fora, o sentimento de impotência que estamos escolhendo por dentro. E assim o corpo todo fica impotente e adoece.
Toda doença começa na mente! E nunca somos vítimas da vida, do azar – no Universo, não existem vítimas nem algozes. Cada um cria sua realidade, mesmo que não entenda a correlação entre Causa e Efeito – a interligação entre suas palavras, pensamentos e atitudes (CAUSA) e o que lhe sucede posteriormente (EFEITO). E esta dificuldade de perceber esta correlação só existe devido a outra criação mental nossa (necessária para a vida na Relatividade): o TEMPO (o antes e o depois)! A ilusão do tempo faz com que não percebamos como nossas palavras, pensamentos e ações criam nossa realidade.
Dorian logo deu-se conta das inumeráveis doenças de alto poder destrutivo que atraíra – além de algumas úlceras hemorrágicas, vitiligo e queda de cabelos (que estavam longe de ser as enfermidades mais graves). Mal conseguia levantar da cama para visitar sua empresa.
Ele enfim compreendeu que aquelas revistas estavam erradas, muito erradas. Que as pessoas que as escreviam estavam mais perdidas do que ele em relação ao que realmente importa na vida, em relação ao que é o verdadeiro sucesso. Ele entendeu que o dinheiro, naquele momento, pouco valia. Quem diria…. Dorian, que tanto perseguira o dinheiro, agora, à beira da morte, notava que ele era algo praticamente insignificante na sua nova perspectiva.
E assim, tendo perdido aquele falso norte, totalmente sem chão, entregou-se aos cuidados daquele profissional, que foi ajudando, acima de tudo, a curar sua mente – fonte de todas as doenças quando refém de crenças distorcidas – vítima de uma espécie de autohipnose, tão comum em nosso mundo.
Uma vez que não tinha outro motivo para sair da cama, ele resolveu continuar com sua empresa em funcionamento, mesmo mediante prejuízos monstruosos. Sucesso, dinheiro e fama pouco lhe importavam a estas alturas. A empresa lhe inspirava a levantar e fazer algo, mas os resultados dela já não faziam diferença para ele, era praticamente um passatempo, uma forma de se distrair para não ficar em casa afundando em autopiedade, dado que estava solteiro e sem filhos.
Com o tempo, ele e seu terapeuta perceberam que, apesar dos inúmeros envolvimentos com mulheres, ele jamais tinha amado de verdade, jamais tinha entregue seu coração, e era daí que vinha o vazio que sentia, isto fazia falta demais na vida dele.
Pessoas sensíveis são mais afetadas pela falta do amor em suas vidas. Nada pode substituir totalmente o amor romântico em nossas vidas, apesar de outras formas de amor fraternal minimizarem esta dor – mas jamais a substituírem integralmente.
Acabou perdendo tudo, gastou até o último centavo tentando levar a vida adiante…. mas jamais desistiu DE VIVER. Ele sabia que se vendesse a empresa e se recolhesse, morreria rapidamente, estaria sem propósito. Ele ainda tinha algum carinho pelo seu negócio, e sabia que isso o ajudaria. Enfrentou tudo aquilo vendo seu patrimônio se esvair, cada vez mais desapegado que estava. Queria uma nova vida, continuou encarando aquelas doenças na esperança de um dia poder ser realmente feliz e completo, já tinha outra mentalidade, livrara-se de falsas verdades, de crenças completamente distorcidas e que o levaram a se fechar para a única coisa que realmente importa na vida – em qualquer vida: O AMOR.
E assim Dorian começou a se recuperar e a se reconstruir de dentro para fora, estava se tornando uma nova e melhorada versão de si mesmo. Esse processo levou alguns anos, mas ele conseguiu administrá-lo bem, uma vez que agora já tinha um novo conjunto de crenças que eram alinhadas com as Verdades Maiores da vida.
Bem, uma vez que o nosso mundo exterior sempre é um reflexo do nosso mundo interior, não levou muito tempo para que uma mulher especial finalmente ganhasse o seu coração. Era o que faltava para ele florescer e rapidamente se curar de qualquer enfermidade.
O amor é realmente poderoso!
Dorian recomeçou do zero, mas agora tendo a maior fartura que um Ser pode ter: LIBERDADE! Ele se libertou de inúmeras crenças doentias, de valores distorcidos e de condicionamentos limitantes.
Uau! Isso sim é que eu chamo de SUCESSO!
Comentários de JORGE ZAHELL
É interessante como aquela mídia que é desprovida de uma perspectiva elevada (em termos de Consciência) consegue influenciar tantas pessoas em direções que as afastam de sua essência, que as tornam prisioneiras de ideias e crenças completamente desvirtuadas. E os corações das pessoas hipnotizadas berram, suas intuições gritam, mas o que está escrito nas revistas, nas reportagens, nos depoimentos de pessoas “bem sucedidas”, acaba normalmente seduzindo jovens e calando qualquer canal de Consciência minimamente elevado – mas só porque permitem, porque não ouvem seu coração. Muitas dessas pessoas de “sucesso” que aparecem nas reportagens são extremamente infelizes – mesmo que nem se deem conta (“seguros” que estão de trilharem o caminho certo – guiados somente por seus egos).
A fartura sempre é bem vinda, claro, mas não só a de dinheiro. Fartura, mesmo, tem que incluir também (e principalmente) AMOR, alegria, felicidade, saúde, paz e a disponibilidade de poder se ter o que se precisa, na hora em que se precisa dela. Há pessoas que acumulam dinheiro mas não têm fartura de tempo, de amor, de alegria, de paz.
Que tipo de ilusão de fartura é esta?
Assim como Dorian na história anterior, muitos passam a vida escravos de ideias compradas de pessoas “sábias” que escreveram reportagens “espertas” sobre sua ilusão de felicidade.
Acorde!
Pare de se comparar com as outras pessoas…. Você é único, e seu único objetivo em vida deveria ser encontrar a FELICIDADE, podendo EXPRESSAR a melhor versão que pode imaginar de si mesmo. Basear-se em coisas externas para se sentir especial é uma ideia que provém da falta de conexão com uma Consciência Elevada. Muitos acordam para isto em algum momento de suas jornadas, outros postergam para a próxima vida.
Mas o fato é que TODOS um dia entenderão que eles Já São, Sempre Foram e Sempre Serão os donos do Universo. O universo externo de CADA pessoa é sempre um reflexo do seu interior. Você é o SENHOR do seu universo – por mais que não tenha qualquer posse, qualquer bem.
Porque rico, mesmo, é aquele Ser que nem precisa acumular nada como forma de GARANTIA DE FUTURO, pois confia na vida e SABE que ela lhe trará qualquer coisa que precise ou queira quando realmente necessitá-la ou merecê-la. Infelizmente, são poucos que conseguem desfrutar de tal convicção e da segurança e paz que isso lhes traz.
Esta é a única e verdadeira riqueza plena: A CONSCIÊNCIA CÓSMICA DE QUEM SE É DE VERDADE, aliada ao fato de SABER e SENTIR que se está sempre protegido e amparado por uma Realidade Maior que se origina nesta Consciência Elevada, independente de qual seja o cenário da “Realidade” à sua frente!
Rica é a pessoa que, mesmo sem se preocupar em acumular, consegue ter tudo o que necessita para ser pleno em todas as áreas da vida, incluindo finanças – mas principalmente no amor incondicional, nas amizades verdadeiras, na felicidade, na paz, no t e m p o que tem à sua disposição…. na CONSCIÊNCIA (só Ela lhe dá acesso à riqueza plena).
Dorian finalmente conquistou a LIBERDADE, deixou de ser refém de uma das piores crenças da humanidade, a de que somente se pode ser feliz com dinheiro – além das outras ramificações desta crença central:
- dinheiro torna a pessoa má;
- torna-a podre (“podre de rico”);
- arrogante;
- dinheiro corrompe a alma;
- etc.
Coitado do nosso amigo Don Dinero, as pessoas o odeiam com a mesma intensidade que o amam. Logo ele, tão inocente, incapaz de ter qualquer poder, mas empoderado por mentes que não compreendem seu papel em suas vidas: uma mera ferramente evolutiva que visa resgatar nossa Consciência de Quem Somos além das aparências deste mundo de sonhos autocriados (e elevados à categoria de verdades absolutas – mas, de fato, normalmente muito distantes delas).
JORGE ZAHELL
No item 5 (CONCLUSÃO GERAL) você poderá ter uma explicação melhor do que realmente é o nosso amigo DON DINERO (Sr. Dinheiro) e de seu papel como ferramenta evolutiva. Sugiro que você leia as histórias na sequência numerada, para uma mais ampla compreensão do impacto do dinheiro nas vidas das pessoas. No livro MANUAL DO HOMEM APAIXONADO (a ser lançado em breve neste Blog, na seção Books) você terá uma explicação mais profunda do que significa Cosnciência Cósmica, assim chamada lá (por representar uma Consciência muito acima daquela do nível humano).
5. CONCLUSÃO: O que é o dinheiro a partir de uma Perspectiva Elevada?
O dinheiro nada mais é que um mecanismo evolutivo da vida, o qual nos provoca para que tenhamos ATITUDE, dando-nos assim a oportunidade de resgatar a fartura original que sempre esteve à nossa disposição – mesmo quando não a enxergávamos.
Saiba que é a nossa atitude em cada decisão financeira que é a verdadeira moeda corrente do universo, e não o dinheiro em si. Em cada atitude, em cada escolha que tem no dia a dia, você está criando um futuro próspero ou escasso para si, pois nestas escolhas você está mandando um recado contundente e definitivo para o Universo, o qual se obriga a corroborar sua poderosa crença.
Sim… você é o chefe!
Você é um Ser muito poderoso que cria sua própria experiência, sendo simultaneamente criador e criatura da própria aventura. Sua criação é feita através de suas palavras, pensamentos e ações – cada escolha que faz ao pensar, falar e agir acaba moldando o seu futuro. Por isso é certo dizer que “Você é um reflexo das suas escolhas, elas o definem” (em qualquer área de sua vida, não só na financeira).
Toda vez que você se limita numa decisão, haverá consequências. É a vida tentando ajudá-lo a resgatar sua essência, sua conexão com a Consciência Plena. Assim, sempre que você cede ao medo de que poderá faltar dinheiro (ou amor, felicidade, etc), acabará colhendo em termos de escassez.
Por exemplo, se você se apossa indevidamente de algo que não lhe pertence, está demonstrando que se acha pobre e que vai pegar aquilo para economizar, seja porque você julga que não tem a mesma sorte que certas pessoas, seja porque acha que ninguém perceberá, etc. Mas seu poder de criação está por trás, e novas experiências serão atraídas a você baseadas nas suas crenças. E, neste caso, a crença era: “sou pobre, sou menos privilegiado”. Então é isso que você está ancorando para o seu futuro. E por mais que ganhe dinheiro, sempre o perderá enquanto não aprender a lição. Cuidado!
Outro exemplo!
Toda vez que você deixa de comprar algo que foi fruto de um desejo genuíno, está enviando ao universo uma mensagem de que NÃO TEM DINHEIRO SUFICIENTE, e o universo, seu servo, atenderá às suas crenças, pois você é o criador (e simultaneamente a criatura) desse “jogo”. Seu poder é ilimitado, tanto no sentido de se afastar quanto de se aproximar da essência que o criou: sua Consciência Maior.
Veja, você sempre pode comprar algo que genuinamente quer, nem que tenha que financiar ou postergar o sonho (na convicção de que o fará, impreterivelmente). Ressalto que só a decisão de comprar já é mais importante que a compra em si. Porém, quando você se considera incapaz de ousar, quando precisar de garantias para dar o próximo passo, estará criando um futuro sem a fartura que merece. Você mesmo estará, neste momento, atraindo experiências de escassez para lhe provocar, até que um dia possa acordar e resgatar sua essência.
Livre-se dos medos.
Seja ousado! Compre o que quer, arrisque-se – dentro de um certo limite de bom senso. Porque comprar por arrogância, achando que essa atitude por si só já lhe tornará rico, também não é o caminho. Isso é rebeldia. Há que se dar o passo com a convicção de que encontrará meios para pagar, sem dúvidas, e assim atrairá os recursos para tal. Comprar algo aparentemente inatingível para testar seu poder de atração é um gesto que já tem a dúvida implícita, e você fatalmente quebrará a cara. Mas, se for o caso de querer se testar, quebre a cara.
Ela se regenera. Porém, se quebrá-la, mais tarde trate de fazer tudo que pode para honrar suas dívidas, promessas e obrigações, caso contrário atrairá experiências para aprender a não deixar pontas soltas, não enrolar, não enganar.
Vale lembrar também que ousadia financeira não é só comprar o que aparentemente está além do alcance. A ousadia pode estar implícita em outros gestos, como abrir mão de alguma coisa aparentemente fantástica que, todavia, não está de acordo com os seus valores ou gostos. Em todos estes casos você está enviando uma mensagem ao universo de que dinheiro não é problema, apesar das aparências tentarem lhe convencer do contrário. É nos pequenos gestos que você se revela! Para a sua essência (de onde você se origina), não existem dualidades como Grande e Pequeno, Quente e Frio, Maior e Menor, Antes e Depois. Sua atitude para com coisas “pequenas” poderá ter o mesmo impacto que uma atitude similar para com coisas grandes, pois o que importa são os pensamentos primários que vão dentro de você – frutos de suas crenças.
O importante, aqui também, é sempre seguir os sentimentos genuínos do coração e desprovidos de ego (só não confunda autoestima com ego – a maioria dos humanos enxerga uma pessoa com elevada autoestima como sendo egoísta).
Peguemos agora o exemplo de uma construtora tentando economizar, digamos, no elevador escolhido para sua obra, usando algo muito simplório. Ela está se limitando e irradiando essa mensagem de escassez. Tudo bem utilizar um elevador mais em conta, desde que seja de primeira, que cumpra seu papel e desempenhe até além do prometido. O que está por trás de uma decisão limitante é a necessidade de lucrar mais, de poupar, de guardar. E, por trás disto, está uma consciência limitada de escassez, de receio do futuro, de querer ganhar mais para se garantir através do acúmulo de reservas. E isso é um pensamento de escassez que não combina com níveis altos de existência. Então esta empresa, se não mudar de mentalidade, logo atrairá escassez, para que seus dirigentes cresçam com a experiência que está sendo atraída.
O universo tem Leis de causa e efeito. Faz parte da Relatividade.
Faça as coisas bem feitas, entregue algo melhor que o anunciado, desapegue-se da necessidade doentia de lucros, dos medos, e a fartura lhe perseguirá – desde que não seja esbanjação (que também tem suas implicações negativas, pois denota falta de equilíbrio, arrogância e, principalmente, falta de Consciência Elevada).
Em cada gesto, em cada decisão (ou ausência dela – o que também é decidir), você cria um futuro, uma realidade nova, baseado em seu próprio poder de criar e atrair tudo para si. Pois, quer você acredite ou não, criar seu próprio futuro é exatamente o que está fazendo a cada segundo, a cada pensamento.
Você é totalmente responsável por tudo que acontece em sua vida. Sempre!
Ninguém é vitima, jamais. Somos poderosos, cada um de nós.
Em boa hora…. saiba que o dinheiro é apenas um dos desafios evolutivos que faz parte do jogo da vida. Porém, de nada adianta superar esse desafio se ele lhe tornar soberbo, arrogante, se ele lhe fizer julgar-se superior aos outros a partir das posses. Esta conquista fatalmente atrapalhará sua evolução como um Ser que está apenas resgatando sua essência e lembrando Quem Sempre Foi antes de entrar neste jogo que chamamos de vida. E assim, enquanto sentir-se superior ao seu semelhante apenas por suas posses, inevitavelmente você estará atraindo a perda de toda a fartura que conquistou, o que fatalmente acabará acontecendo (nesta ou numa próxima vida) se você não mudar.
Ao contrário do que está na base da mente de uma grande massa, o dinheiro nunca foi um problema, o dinheiro nunca torna alguém “podre” (de rico) ou mau. É apenas mais um desafio como tantos outros que enfrentamos.
A fartura (não só de dinheiro) faz parte da nossa essência, e a aventura da vida é apenas uma brincadeira que vivemos, aonde nos testamos temporariamente como sendo aparentemente inferiores ao que sempre fomos. Para viver essa aventura, escolhemos esquecer Quem Somos de Fato, apenas para dar calor ao fogo, dar vida ao jogo.
Sinta-se livre para atrair o dinheiro ou qualquer coisa que deseje, mas sem apego, pois o apego afasta de você o que mais quer. O apego é fruto de insegurança, denota um pensamento primário, poderoso e criativo que diz: “quero muito aquilo, pois no fundo sei que não o tenho”, ou “tenho medo de perdê-lo”. Porém, tudo já lhe foi dado, e você só esqueceu disto para poder jogar um jogo onde você teria uma perspectiva diferente de si mesmo e da vida — temporariamente. Em outras palavras, você já tem tudo, é só uma questão de TEMPO para tudo isto aparecer na sua frente (e esse TEMPO também depende de você).
Transcenda a ilusão!
Não foque na falta das coisas que você quer. “Aquilo no qual você foca, se expande”. Não é uma questão de FINGIR que você tem tudo, mas SABER que você tem — mesmo que as coisas que você quer ainda não se materializaram na sua frente!
Pensamentos primários são responsáveis pela criação do seu futuro, e quando eles estão enraizados no fundo da sua mente dizendo “EU NÃO TENHO DINHEIRO SUFICIENTE” ou “EU TENHO MEDO DE PERDÊ-LO”, você está criando um futuro de escassez.
Pare de precisar de algo…. e atrairá aquilo (ou algo ainda melhor) para si. Mas, para poder fazer isto, entenda que as coisas irão aparecer para você quando você estiver pronto para a experiência, não necessariamente quando você quer. Não force a vida! Por que tanta pressa se você é eterno?
Enfim, nosso maior desafio em todas as áreas da vida é sempre nos livrarmos dos medos. Eles são a principal ilusão a se vencer. Sim, certas ilusões foram necessárias para que a brincadeira da vida possa existir. Mas essas miragens não durarão para sempre….
Quando você irá acordar?
Saiba que você já nasceu salvo, e por mais que sofra, está “condenado” a se iluminar e resgatar sua essência de fartura no amor, nas finanças, na alegria, na paz e em tudo que que for bom para a sua pessoa.
Só que a vida não tem pressa, pois ela sabe que você é eterno, sabe que você tem todo tempo que o tempo tem para brincar – até porque o tempo também é uma ilusão, tão ou mais poderosa que o nosso amigo Don Dinero.
JORGE ZAHELL
E então…. gostou?
Ficou curioso? Quer saber mais?
Então…. Vem comigo !
Leia outras publicações gratuitas do Blog, sempre tendo como temas o Amor e a perspectiva ampliada da Consciência Maior.
Assista também nosso Canal SEMENTTYAL gratuitamente no YouTube. São histórias de amor verdadeiras comentadas de uma perspectiva diferente!
E tem mais….
O livro “MANUAL DO HOMEM APAIXONADO – PARTE 1” está disponível aqui neste mesmo blog (onigya.com) na seção BOOKS do Menu. Ele contém muitas histórias cheias de Consciência, Amor, Paixão e Romance, tudo comentado por mim a partir de uma perspectiva mais elevada da vida (que vem diretamente de uma Consciência Cósmica — assim chamada no livro citado). Outros livros e sugestões também estarão disponíveis na sequência.
Boa sorte!
JORGE ZAHELL
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Li o número 1 até agora! Adorei 🤗😍
Esse Jorge é demais 👏👏👏
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Muahahaha….
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Amei o texto!
Gratidão!
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Muito obrigado!
Um dia esse texto será ainda mais aprofundado.
Fique atenta!
😉
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